sábado, 18 de fevereiro de 2017

Familia Hodgson, Amytville inglesa


  

                                  Caso Hodgson






  Verão de 1977 no município de Enfild, grande Londres, Reino Unido. Peggy Hodgson põe dois de seus quatro filhos para dormir. Tudo parece presagiar outra longa e tranquila noite de sono. Mas  aconteceu algo naquela noite, algo que foi o começo de uma longa e terrível temporada de acontecimentos tidos como paranormais.
A senhora Hodgson era uma divorciada de 40 anos que vivia com seus filhos em uma bonita casa anexa em um popular bairro operário de Enfield.
Seus quatro filhos se chamavam: 
Margareth, de 13 anos; 
Janet, de 11;  
Jhonny, de 10;                                    
Billy; de 7 anos.


    

  Naquela madrugada de 30 de agosto de 1977, gritos de seus filhos Jhonny e Janet acordaram Peggy que rapidamente subiu até o quarto.Tudo estava calmo, mas seus filhos, entre soluços, contaram a sua mamãe que a cama de Janet havia começado a se mover por si só e Peggy, achando que se tratava apenas de um pesadelo, acalmou os garotos e ficou com eles até que voltassem a dormir.

  Na noite seguinte, as crianças voltaram a gritar e nessa ocasião, relatam a sua mãe como depois de fortes ruídos, uma cadeira que estava em um canto do quarto começou a se mover sozinha. Peggy segue sem ver nada estranho na habitação e para tranquilizar às crianças, trata de levar a cadeira ao seu quarto, mas quando apaga a luz e está prestes a sair do dormitório das crianças, ela mesma escuta fortes ruídos que vem do piso.

  Ela acende novamente a luz e observa que tudo está em ordem; as crianças estão na cama e todos os móveis em seus lugares. Volta a apagar a luz e os ruídos seguidos de fortes pancadas começam de novo a soar...Ao acender de novo a luz, contempla assombrada como uma enorme cômoda que estava encostado contra uma parede lateral, se moveu dois palmos...Peggy, começa a suspeitar que o ocorrido não é uma coisa da imaginação das crianças. Ela volta a pôr a cômoda em seu lugar e apenas ao dar às costas, o móvel volta a se arrastar por si só até a posição anterior. Desta vez com a luz acesa diante de seus olhos.



Em busca de ajuda

  O medo se apodera imediatamente da senhora Hodgson que sem pensar duas vezes, tira os filhos da habitação e sai em busca de auxílio nas proximidades. Um grupo de vizinhos revistam a casa em busca de algum possível intruso que estivesse causando os ruídos que Peggy lhes relatou completamente horrorizada, mas não encontram ninguém. Em vez disso, quando estão tranquilizando Peggy, todos escutam as pancadas que ocorrem em curtos intervalos e que provêm do interior da casa. Ato seguido, chamam à polícia que, em uma ata de serviço surpreendente, um policial deu testemunho em declaração escrita, de como uma cadeira se movia inexplicavelmente pela casa e como escutavam batidas de procedência desconhecida.
  Durante os seguintes dias, os acontecimentos continuaram. Móveis que se mexiam sozinhos, brinquedos que volitavam pela habitação das crianças...


Jornal e a imprensa 


  Os acontecimentos chegam à imprensa e o diário Daily Mirror envia uma equipe de experimentados repórteres para investigar o caso. Ali, a equipe do jornal pôde contemplar os acontecimentos inexplicáveis. Uma peça de lego saiu disparada e atingiu a testa do fotógrafo do Daily Mirror, Graham Morris quando este tentava tomar uma foto. A BBC foi até à casa, mas a equipe constatou que os componentes de metal de seus equipamentos de gravação, haviam sido entortados e as gravações apagadas. O repórter George Fallows, vendo que a coisa não era uma brincadeira, pôs a Peggy em contato com Maurice Grosse, membro da Society for Psychical Research.



 Em 5 de setembro chega à casa Grosse e os acontecimentos pausam durante os seguintes três dias até que, ao cair da noite do dia 8, retomam os som de pancadas procedentes da habitação de Janet. O pesquisador junto aos jornalistas subiram as escadas e ao abrir a porta do quarto, encontraram a Janet dormindo em sua cama e ao seu lado, uma cadeira levitando no ar a mais de meio metro de altura.

  Imediatamente a cadeira baixou até seu lugar e não voltou a se mover até uma hora mais tarde, quando voltou a repetir o mesmo efeito. Desta vez o fotógrafo Morris capturou o acontecimento com sua câmera. Nesse mesmo momento, Grosse e seus acompanhantes puderam ver como as portas dos armários se abriram por si mesmas e como um brinquedo cruzou o quarto de um lado a outro suspenso no ar. Grosse também notou uma brisa fria percorrendo todo o seu corpo.
    
  Dois dias mais tarde, o caso Enfield era capa do jornal Daily e todos os meios fizeram eco da notícia. Inclusive naquele mesmo dia, Grosse e a senhora Hodgson participaram em um programa de televisão.



  Grosse chegou a se comunicar em várias sessões com o Poltergeist que estava atormentando à família. As perguntas de Grosse eram respondidas com toques onde  uma pancada queria dizer "sim" e duas para dizer "não". Grosse perguntou à entidade que afirmava ter morrido na casa, por quantos anos teria morado ali, ao que soaram 53 batidas. O parapsicólogo Guy Lyon Playfair se uniu à investigação de Maurice Grosse e os dois passaram os dois anos seguintes estudando o caso.
  Janet Hodgson disse que ela e sua irmã Margaret estavam jogado com um tabuleiro Ouija pouco antes do início da atividade sobrenatural.



 Alguns eventos paranormais!


  Mesmo com vários investigadores, polícia e vizinhos diretamente envolvidos, os acontecimentos continuaram e inclusive chegaram a se converter em algo bastante perigoso para a família.

- Os objetos que se moviam ou desapareciam mudando de lugar
- interferências elétricas avariavam os sistemas de gravação dos repórteres
- poças d'água que apareciam sem motivo algum
- móveis que eram lançados escadas abaixo ou gavetas que saíam disparadas de seus lugares. Qualquer objeto da casa era suscetível de sair voando a qualquer momento, com o perigo de chocar contra alguém na sua rota...
- De vez em quando, focos de incêndio surgiam do nada e do mesmo modo, se extinguiam sem deixar marca alguma de queimaduras







  Janet era o principal alvo das manifestações. Quando entrava nesses transes, era preciso que segurassem forte a Janet porque ela adquiria uma força descomunal para uma criança de apenas 11 anos. Às vezes saía correndo e chocava a cabeça contra a parede enquanto praguejava e amaldiçoava com sua verborreia sórdida. Uma vez inclusive derrubou de um só golpe a um assistente social que era ex -policial e muito corpulento, ao tentar tranquilizá-la junto a sua cama. 

  Alguns dos eventos mais marcantes ocorridos com ela foram:

  Em uma ocasião, Janet afirmou que a cortina próxima a sua cama se retorceu várias vezes em espiral para depois se enrolar em seu pescoço tentando estrangulá-la. Segundo contou Janet, tudo isso depois de sentir uma força invisível puxá-la da cama e jogá-la contra às cortinas e ante a presença de sua mãe.    




  Certa noite um médico lhe administrou 10 miligramas de Valium (Diazepam), que em condições normais é algo excessivo para qualquer criança. Ao lhe injetar o tranquilizante, puderam ver como saía dela uma luz suave. Deitaram-na em sua cama e todos ficaram no salão do andar térreo. Quarenta minutos depois, escutaram o som de uma forte explosão que procedia da habitação da criança.  Quando abriram à porta, viram que Janet não estava na cama, ela havia sido lançada sobre uma cômoda que se encontrava a três metros de distância e permanecia sobre ela, completamente desacordada. O mesmo voltou a se repetir 3 vezes mais naquela noite.
  
 Quando a imprensa descobriu o caso, o Daily Mirror enviou o repórter Graham Morris para o local para testemunhar os acontecimento. E ele fez uma das fotos mais famosas: a levitação de Janet. Graham estava no quarto das meninas junto a mãe das mesmas quando Janet foi atirada de sua cama pela "entidade". Nesse momento ele fez a imagem e foi essa imagem e seus relatos que convenceram a Sociedade de Pesquisas Psíquicas a enviar Maurice Grosse para investigar o caso. 












 

     A voz de janet


   Mas nada era mais impressionante que a mudança de sua voz. Outro dos fenômenos que costumava ocorrer era a mudança na voz da pequena Janet, que contava com 11 anos na época dos acontecimentos. De sua garganta saíam às vezes, uma voz áspera e masculina que dizia pertencer a várias entidades e que costumava falar em linguagem Inapropriada e obscena. Quando isso acontecia, a pequena Janet entrava em uma espécie de transeUma das vozes afirmava pertencer a um homem que havia morrido naquela casa.
  Assombrosamente, a voz voz rouca masculina entregou uma mensagem de além-túmulo, descrevendo em detalhes o momento de sua morte. "Apenas antes de eu morrer, eu fiquei cego, e então eu tive uma hemorragia e eu adormeci e eu morri na cadeira no canto sob às escadas", disse a tal voz.
A voz misteriosa - que ainda pode ser ouvida em áudio hoje em dia - é supostamente a de Bill Wilkins, vários anos após a sua morte.
  Psiquiatras e doutores locais estudaram Janet, que parecia ser o epicentro dos fenômenos e inclusive, chegaram a realizar estudos laringográficos para descartar que as vozes que saíam de sua garganta não tinham sido fabricadas conscientemente por ela mesma.



                          

                                     Fim do caso


  Janet passou seis semanas no Maudsley Hospital onde realizou provas precisas para detectar qualquer anomalia tanto física como mental, mas não foi encontrado nada. Durante esse tempo a atividade poltergeist da casa cessou completamente.

 Janet Hodgson acredita que foi a visita de um padre 1978 a casa acalmou as coisas, embora as ocorrências não tenham terminado completamente.
   Em 1980, Guy Lyon Playfair publicou o livro This House is Haunted: The True Story of the Enfield Poltergeist, contando toda a história.
  A senhora Peggy continuou morando na casa até a sua morte e disse que ainda ouvia barulhos na casa de vez em quando. Seu filho Billy, que viveu com sua mãe até seu falecimento, sempre sentia como se estivesse sendo vigiado.
  Atualmente, Clare Bennett vive na mesma casa com seus 4 filhos e diz ter a sensação de sempre estar sendo observada...
  Agora com 45 anos, Janet vive em Essex com o marido, um leiteiro aposentado.





                         


   Uma visão cética  

  
  Dois especialistas da Sociedade de Pesquisas Psíquicas (SPR) pegaram as crianças dobrando colheres. Eles também acharam estranho porque ninguém era permitido no quarto quando Janet estava falando em sua voz de possuído, que era supostamente a de Bill Wilkins (entre outros). 

  O cético Joe Nickell criticou os investigadores paranormais por serem excessivamente crédulos: Ao ouvir uma voz demoníaca supostamente desencarnada, Guy Lyon Playfair observou que, "como sempre os lábios de Janet dificilmente pareciam estar se movendo." Nickell por conseguinte, escreveu que uma avaria no gravador de Grosse fora atribuída à atividade sobrenatural e também o psicólogo e presidente da sociedade para pesquisa psíquica, David Fontana, descreveu como uma ocorrência "que aparentemente desafia às leis da mecânica" era meramente uma peculiar interferência comum nos gravadores mais antigos de modelo tape deck de rolo.

  Uma foto supostamente representando Janet levitando, na verdade, mostra ela saltando em cima da cama, como se fosse um trampolim. Harris chamou as fotos de exemplos comuns de "ginástica", e disse:"É bom lembrar que Janet era uma campeã de esportes na escola!" Nickell também escreveu que o demonologista Ed Warren (O mesmo da boneca Anabelle) era "notório por exagerar e até mesmo distorcer tais casos, frequentemente transformando um fenômeno 'assombrado' em um incidente de possessão 'demoníaca'."




  Segundo a Wikipédia, em uma entrevista ao Daily Mail, a adulta Janet admitiu que ela e sua irmã haviam falsificado "2 por cento" dos fenômenos.
  Durante uma entrevista de Margaret e Janet Hodgson que foi ao ar como parte de um especial de TV em 1980, Janet é perguntada como se sente ao ser assombrada por um poltergeist. "Não é assombrado" Janet responde sorrindo. Sua irmã sorri com espanto, como se Janet apenas deu-se um segredo, e sussurra: "Cale a boca!" através de risos abafados. Janet disse mais tarde que ela não se sentia que o poltergeist estava mal, o que significa que a casa não era necessariamente "mal-assombrada."



Explicação para os fenômenos paranormais 



  Garotas passam por mudanças hormonais extremas durante a adolescência e por isso gastam muita energia emocional. Toda essa turbulência física e emocional parece facilitar um outro fenômeno psíquico: a telecinese (capacidade de controlar diretamente o ambiente com o pensamento), que pode ser uma capacidade humana reprimida. Sendo assim, essas adolescentes estariam lançando, inconscientemente, rajadas de energia telecinética no ambiente, liberando suas frustrações, medos e anseios contidos. Elas mesmas podem nem perceber que estão causando isso tudo, e passado o período dessas mudanças hormonais, tudo voltaria ao normal. Outra possibilidade seria que uma certa entidade "usasse" dessa energia em excesso da garota para gerar tais fenômenos, e quando essa energia acabava (passava o pico hormonal), a entidade ficaria igualmente sem força e a atividade cessaria.



                                  Conclusão


  O caso do Poltergeist de Enfild foi o caso mais relatado em fotos e áudios que já existiu, ao termino do caso chegamos a conclusão que realmente se tratou de um Poltergeist pelos padrões apresentados no caso, primeiro pelos relatos de objetos com mau funcionamento, pelos objetos se movendo e até mesmo voando, outro ponto  crucial para sabemos que se tratou de um Poltergeist, é a confirmação em documentos, que um homem chamado Bill Wilkins de 53 anos, morou por cerca de 25 anos na casa e faleceu sentado na poltrona da sala, os eventos acontecia na maioria das vezes com Janet de 11 anos, porque um Poltergeist precisa de um agente para se manifestar, e meninas entre 10 e 14 anos ficam mais vulneráveis 
psicologicamente por conta de seus hormônios na puberdade.

  Mais por se tratar apenas de uma menina de 11 anos e sua irma de 13, o caso fica confuso e ate controverso em alguns pontos, por não terem a maturidade necessária para lidar com a desconfiança das pessoas sobre a vericidade do caso, elas começaram a forjar alguns acontecimentos, como Bill usou Janet para se comunicar na frente dos pesquisadores, quando reportes e pessoas falavam com Janet ela forçava a voz para não decepcionar as pessoas que queriam ouvir Bill falando, como a foto da levitação de Janet, como vários objetos foram vistos levitando por varias pessoas ate mesmo policiais, mais nenhum fotografado, ela sabendo que o Poltergeist era verdade queria com que as outras pessoas acreditassem, então resolveu sabendo da câmera fotográfica posta em seu quarto pelos pesquisadores que era programada para tira um quadro de 3 fotos a cada 15 segundos, ela pulou de sua cama no tempo correto para que fosse flagrada no ar, e assim as pessoas acreditaria mais fácil nela.

  Então quando Janet foi para o hospital e ficou por 6 dias lá, o Poltergeist ficou sem um agente, e com a vizita de um padre que foi chamado pelos pesquisadores o Poltergeist foi acalmado e conseguiu fazer a transição para o mundo dos mortos, ai então para os fenômenos 
paranormais.

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